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De cozinhar por mais!

Receitas de comer e cozinhar por mais!

Bolinhos de bolina

Os bolinhos de bolina são, de longe, o meu doce favorito do Natal. Falo sempre deles quando o tema natalícia vem à baila, mas a verdade é que a maioria das pessoas não o conhece (ou então conhece-o com outro nome ou com pequenas variação). Pior: eu nunca sei descrever uma receita, porque faço-os a olho, tal e qual me ensinaram. É algo que fui aprendendo a fazer ao longo dos anos e ainda hoje pergunto sempre a opinião da minha mãe antes de os fritar. A dificuldade está na consistência da massa, que tem muito que ver com a quantidade de água que está ainda na bolina. 

Tentei várias vezes apontar a quantidade de ingredientes de forma a ter, pelo menos, uma ideia daquilo que punha na massa. Eis o que consegui:

 

Ingredientes (valores de referência):

1100g de bolina já cozida

6 ovos (6 gemas, 5 claras)

450g de açúcar

170g de farinha

135g de vinho do Porto

150g de amêndoa

150g de avelã

200g de noz

50g de pinhões

 

Cozer a bolina (abóbora mais pequena e mais laranja, sendo mais doce) num tacho com um fundo de água e dois punhados de sal. Ter em atenção e ir retirando a água, que a abóbora vai largando naturalmente, para não verter. Quando a abóbora começar a ficar mole e a esfiar, verte-la para um escorredor grande e ajudar com uma colher de pau a desfazer pedaços maiores e a libertar a maior parte da água. Depois, verter o conteúdo para um saco de pano (por exemplo os antigos sacos de pão) e deixar a gravidade fazer o seu papel, durante um dia. Caso queiram, também podem espremê-la com a mão um pouco depois de sair da panela. Convém espremer um pouco mesmo depois de um dia de repouso. A medida de abóbora que consta nos ingredientes diz respeito à abóbora já cozida e espremida.

Colocar numa tigela a massa da abóbora (deve ficar densa) e abrir com 3 ovos. Misturar com as mãos. Depois colocar o açúcar, o vinho e a farinha. O meu conselho é não colocar tudo de uma vez; ir colocando e ver a reação da massa. Ela deve ficar menos densa que no início mas bastante molhada no fim deste processo.

Triturar separadamente os frutos secos (com excepção dos pinhões). Colocar na massa e envolver. Agora sim, a massa vai ficar mais condensada e permitirá fazer bolinhas (tipo bolinhos de bacalhau achatados). Aquecer o óleo na frigideira, experimentar colocar um bocadinho de massa para ver se borbulha - evitando colocar um bolo muito tempo ao óleo, para não ficar ensopado. Encher a frigideira, ir virando os bolinhos à medida que forem ficando dourados/acastanhados e retirar para um prato com papel de cozinha quando estiverem prontos. Deixar escorrer e secar em contacto com o papel.

Por fim, colocar num prato cujo fundo já está com açucar e canela. Ir colocando os bolos, camada a camada, e ir peneirando com a canela e o açúcar.

 

Nota: para não ficarem tão secos, muita gente gosta de os molhar na calda das rabanadas.

 

Piano no forno

Comprar uma costeleta de porco (também conhecida por piano). Tentar que não seja muito grande - é preferível comprar mais pequenas, várias tiras, do que muito grandes.

Num almofariz fazer a paparoca com óleo, sal, colorau e alho. Colocar, a gosto, piri-piri, tomilho e louro. Esfregar a carne com este tempero e deixar repousar.

Cobrir o fundo da assadeira com gomos de cebola. Colocar a carne e regar com cerveja, whysky e azeite. Colocar as batatas (caso seja esse o acompanhamento preferêncial) - previamente temperadas com sal, azeite, colorau e uma pitada de vinagre.

Tirar do forno quando já estiverem assadas e douradinhas.

 

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Timbale de Frango

Uma das grandes vantagens do Timbale de Frango é que não precisa de acompanhamento: a massa folhada é hidrato suficiente para nos satifazer :) É um prato fácil, versátil e que pode fazer um brilharete numa mesa.

Primeiro estufa-se o frango num estrugido (com azeite, alho e cebola), preferêncialmente na panela de pressão - no caso de ser caseiro é obrigatório, porque é normalmente muito duro. Temperar com sal, vinho branco e folha de louro.

Depois de cozido, retirar a pele e os ossos e desfiar. Se estiver bem cozido, ele já fica naturalmente meio desfiado. 

Aproveitar a água de cozer do frango, misturando o frango, a cenoura e o pimento, deixando refogar. Os ingredientes a acrescentar aqui são ao gosto de cada um, garantindo sempre que a misture fique equilibrada - se só se colocar cenoura, a tendência será ficar doce, por exemplo. Outras alternativas são couves, ervilhas, cogumelos salteados... o que gostarmos e existir na dispensa. Juntar caldo knorr para terminar o tempero.

Depois de ter o preparado pronto, forrar uma assadeira em forma de tarte com massa folhada de compra (para este formato, o ideal é ser redonda). Verter o preparado para a forma forrada. Cobrir com outra camada de massa folhada, unindo as bordas com as mãos ou um garfo. Retirar excessos de massa que possam estar de fora da assadeira - facultativamente podem aproveitar-se para fazer rolinhos decorativos, por exemplo. Por fim, espalhar gema de ovo em cima da massa folhada.

 

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Arroz de camarão

Comprar camarão cozido em qualquer superfície comercial. Descascar o camarão e guardar as cabeças. 

Fazer estrugido com azeite, alho e cebola. Abrir o estrugido com vinho branco e juntar tomate (pode ser congelado), pimento e uma folha de louro para dar sabor. Depois de aguardar um pouco, colocar as cabeças do camarão e deixar refogar, acrescentando água sempre que necessário. Temperar com sal, picante (se gostarem) e com um caldo de marisco. Deixar apurar. 

Depois de apurado, retirar as cabeças do caldo. Espremer as cabeças que saíram, aproveitando a água que delas sai - pode usar-se uma varinha mágica para as desfazer (mas o molho fica mais espesso) ou o passe-vite. 

Colocar os camarões e o arroz carolino, de forma a ficar malandrinho. Colocar uma parte de arroz por cada parte de água.

No fim, servir com umas folhas de salsa por cima. 

 

Sugestão: colocar berbigão congelado para dar um toque mais de marisco.

Polvo assado & Arroz de Polvo

Para ambos os pratos, é necessário cozer primeiramente o polvo - na panela de pressão é mais rápido, numa panela normal demora cerca de 1h30 (ou mais). Ter sempre em conta que o polvo diminui frequentemente para metade do seu tamanho.

Se for congelado, pôr dois dedos de água no fundo de forma a evitar que cole ao fundo. Juntar uma cebola e  colocar um cálice de uma bebida branca (whisky, aguardente, gin) de forma a ficar mais tenro. Ir vigiando. Quando o garfo entrar com facilidade, o polvo está cozido.

 

Para o Arroz de Polvo

Fazer um estrugido com azeite, cebola e alho. Colocar o polvo. Acrescentar água (pode usar-se parte da água de cozer o polvo, que dá mais paladar - no entando, é preciso ter cuidado com o sal, uma vez que muitas vezes esta água está extremamente salgada). Temperar conforme necessário. Colocar o arroz (carolino, de preferência, caso seja arroz malandro). Para arroz malandro, colocar duas medidas de água para uma de arroz; para arroz seco, uma medida de água para uma de arroz.

 

Para o Polvo Assado com Batata a Murro

Forrar o fundo da assadeira com azeite, alho e salsa picados. Misturar polvo no molho, colocar na assadeira e pôr no forno.

Para fazer as batatas a murro: dar um golpe (no sentido do interior da batata) em cada batata. Pôr um copo com água no microondas, a acompanhar as batatas, e deixar cozer uns 5 minutos - ir verificando mais para o fim do tempo se as batatas já estão cozidas. Quando estiverem prontas, tirar com cuidado do microondas, dar um murro em cada uma com a ajuda de uma colher de pau (de forma a ficarem esborrachadas sem nos queimarmos) e envolver no molho da assadeira. Devem ser colocadas ao mesmo tempo que o polvo.

 

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Peixe assado no forno

Ingredientes (quantidades dependentes do gosto e do tamanho do peixe e da assadeira):

Peixe

Cebola

Alho

Salsa

Louro

Bacon

Banha de porco

Azeite

Vinho branco

Batatas

Colorau

Sal e picante

Vinagre

 

Preparação:

Começar por fazer uma cama de cebola, alho, salsa e louro no fundo da assadeira. 
Colocar o peixe na assadeira, fazendo alguns golpes no seu lombo. Pôr pedaços de bacon e de banha dentro dos golpes e da cavidade central.
Pôr colorau no topo. Regar com vinho branco e azeite.

Antes de colocar no forno, colocar as batatas. Temperar as batatas com colorau, sal e vinagre.
Regar tudo com azeite no final.

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Agelatinado de morango

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Esta sobremesa é óptima para os dias quentes de verão, por todas as razões e mais alguma: faz-se rápido e sem recurso a forno, é feita com ingredientes básicos e é fresca mas não derrete com o calor. Foi a Cidália, a senhora que trabalha aqui em casa, que me ensinou e todos estamos viciados (miúdos e graúdos). Há ainda duas vantagens extra: os ingredientes são todos baratos e a sobremesa é versátil, podendo ser feita com ananás ou pêssegos, por exemplo.

 

Ingredientes:

1 pacote de gelatina de morango (ou do sabor do fruto escolhido)

1 pacote de natas Longa Vida

4 colheres de sopa de açúcar (medida a gosto, dependendo também do doce da fruta usada)

2 folhas de gelatina

2 mãos cheias de morangos (medida a gosto, podendo ser também outro fruto)

 

Preparação:

Fazer a gelatina conforme as instruções, refrigerar e reservar - só utilizar quando esta estiver pronta e firme. (Dica: fazer na noite anterior)

Depois da gelatina de morango pronta, demolhar as folhas de gelatina (no verão em particular convém faze-lo em água bem fria, depositando as folhas uma a uma - não as duas "coladas"); aguardar cerca de cinco minutos, escorrer as folhas e derrete-las no microondas (cerca de dez segundos). Bater as natas com o açúcar, fazendo chantilly, e no fim envolver ligeiramente com as folhas de gelatina derretidas. Reservar.

Cortar a fruta em pedaços bem pequenos (entre um a dois centímetros) e recortar a gelatina em quadrados, remexendo depois com uma faca ou um garfo para a desfazer, tornando-a quase numa "papa".

Verter a gelatina e a fruta para o recipiente com as natas. Com a batedeira, misturar tudo até que fique uma mistura homogénea (ainda que com pedaços). Refrigerar e comer quando o preparado já estiver mais firme 

 

Bolo de maçã e ovo (ou bolo crepe de maçã)

Eu gosto muito de doces com maça: adoro tartes de maçã, apfelstrudel, bolos de maçã, crepes de maçã. E este bolo, um dos meus preferidos, é uma junção destas duas coisas: é um bolo mas tem um toque a crepe, devido à guarnição que leva já depois de estar no forno.

Este não é um bolo para todos: normalmente fica com uma textura recozida, devido à humidade das maçãs, e o sabor a ovo no cimo também não é agradável a todos os palatos. Para além disso, não o aconselho para uma festa ou cerimónia: não é, por regra, um bolo bonito - fica escangalhado, um bocado torto. Mas o sabor compensa imenso e é tão rápido e fácil de fazer que se torna o doce perfeito para aqueles dias em que não há muito tempo nem vontade mas o estômago grita por algo delicioso. Como é só juntar e misturar ingredientes, faço-o numa liquidificadora.

Não se assustem se o bolo não crescer muito: ele é mesmo assim. E a dose é pequena, não usem formas muito largas. Se duplicarem a receita, coloquem só um pouco mais de óleo de coco e não o dobro, senão fica demasiado gorduroso - e a guarnição, a menos que mudem de forma, também não precisa de ser duplicada.

 

Ingredientes:

5 colheres de sopa de farinha

4 colheres de sopa de açúcar

2 colheres de sopa de óleo de coco (podem trocar por óleo normal, mas posso garantir que o resultado final não sabe a coco)

4 colheres de sopa de leite

3 ovo

2 maças (o tipo é à vossa escolha - a quantidade depende também do tamanho da forma)

1 colher de chá de fermento

1 pitada de sal

 

Guarnição

1 ovo

2 colheres de sopa de açúcar

30 gr de manteiga

 

Modo de preparação:

Pré-aquecer o forno a 180º. Misturar os ingredientes secos: a farinha, o açúcar, o sal e o fermento. Bater os ovos inteiros e ir juntando o preparado anterior (não deitar tudo de uma vez). Depois, juntar o leite e o óleo de coco. Verter a massa para uma forma untada e polvilhada e colocar por cima as maças, cortadas em fatias finas (eu, normalmente, faço o bolo numa forma de bolo inglês, o que faz com que não leve muitas maçãs; se fizerem numa forma redonda, terão provavelmente de aumentar o número de maçãs. A disposição com que as põem é indiferente, mas eu gosto de as encastelar). Colocar no forno durante cerca de meia hora/40 minutos - quando o palito estiver seco e o bolo dourado, é quando está pronto a sair.

Depois do bolo estar no forno, preparar a guarnição. Derreter a manteiga, deixa-la arrefecer um pouco, e depois juntar o ovo e o açúcar. Mexer bem. Cerca de 15 minutos antes do bolo sair do forno (quando já estiver mais crescido mas o topo ainda não totalmente cozido) deitar esta mistura sobre o topo. 

 

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Copos de granola com iogurte

 

Breakfast Granola Cups

Publicado por Proper Tasty em Quinta-feira, 3 de Março de 2016

Peixe ao sal

Uma das refeições que mais adoro fazer é peixe ao sal! Há muita gente que não conhece esta forma de fazer peixe (eu, pelo menos, só a via em restaurantes mais caros e com peixes de grande porte), mas é óptima forma de cozinhar porque o peixe não perde a sua "água natural", fica suculento e não absorve todos aqueles molhos terríveis à base de óleos que lhes pomos quando os assamos no forno. Para além do mais, é uma receita barata (tirando o preço do peixe, que vai variar consoante o que escolherem), faz-se super rápido e dá para servir quantas pessoas quiserem, consoante o tamanho do peixe.

Eu costumo fazer com douradas e robalos - quando maior o peixe for, menor será o risco de ele "secar". Ainda assim, eu faço muitas vezes um peixe pequeno para comer sozinha, e ele sai igualmente suculento e saboroso! Tenham o cuidado de referir na peixaria que o peixe vai ser feito ao sal, para não lhe retirarem as escapas, o que vai permitir que ele não absorva o sal - a única coisa que lhe vão fazer vai ser retirar as tripas.

 

Ingredientes (para um peixe para uma só pessoa):

- peixe (robalo, dourada, sargo...)

- 700g de sal marinho

- 2 claras

- 4 raminhos de salsa (sem caule)

- 2 dentes de alho

- 1 folha de louro

- azeite q.b.

 

Preparação

Começar por pré-aquecer o forno a 200º. Lavar a salsa e a folha de louro e retirar a pele dos dentes de alho e esmaga-los com a ajuda de uma faca. Dobrar a salsa ao meio e coloca-la dentro do peixe (no local onde estavam antes as estranhas); tenham o cuidado de as empurrar para baixo e não se limitem a pô-las na parte que está aberta, de modo a "cobrir toda a área". Acrescentem depois a folha de louro e os dentes de alho. O peixe está assim pronto.

Colocar o sal numa tigela e acrescentar as claras - não ao mesmo tempo, mas uma a uma, para ir vendo a textura do sal. Misturem com as mãos. A textura ideal é ficar como areia molhada, notando-se alguma consistência entre os grãos mas que não fiquem totalmente colados pela viscosidade da clara. Acrescentar sal se a mistura ficar demasiado viscosa. 

Num tabuleiro, fazer uma cama de sal - só com o tamanho suficiente para "deitar" o nosso peixe, não é preciso cobrir o tabuleiro todo em partes onde o nosso peixe nunca chegará. A camada de baixo não precisa de ser muito espessa - gastem a maior parte do sal na parte superior. Deitem o peixe sobre a cama e deitem uns fios de azeite por cima dele (fazer este passo só caso o peixe seja pequeno, de modo a não secar - quando é grande, não é necessário). Por fim, cubram-no com o resto do sal e "apertem-no" bem em direção ao peixe, de forma a que este fique bem "acomodado" na cama de sal. De frisar que a cabeça não precisa de estar coberta.

Levar ao forno e esperar que a camada de sal fique dourada (deverá demorar mais ao menos meia hora). Retirar do forno. A cama de sal deverá estar muito dura e a melhor forma de a retirar é bater inicialmente com um martelo de cozinha para partir a casca em pedaços grandes e só depois é que se deve ajudar com uma espátula ou faca. O resultado desejado é que o peixe saia exatamente como entrou e que, já no prato, a pele saia sem qualquer dificuldade (pode acontecer sair quando o estamos a tirar do sal, o que não tem mal - tenham apenas cuidado em não deixar muito sal ir para cima da parte desprotegida, de modo a não salgar o peixe).

Eu gosto de comer sem nada, mas podem acompanhar com batata cozinha e um fio de azeite.

A "cozinheira"

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